Malleus Maleficarum (O Martelo das Feiticeiras) era uma espécie de código para condenação de bruxas, publicado em 1487, dividia-se em três partes: a primeira ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes; a segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando cada um e explicando os seus efeitos; e a terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las.
É uma publicação de conteúdo interessante, por tratar-se de acontecimentos que realmente ocorreram. Relata muito bem o que as mulheres, consideradas bruxas pela Igreja Católica, sofriam com a Inquisição.
A preparação de um simples chá de ervas que poderia curar uma dor de barriga, deveria ser feito às escondidas, pois a crença da época era voltada somente para o catolicismo e os seus seguidores; e um chá, segundo os preceitos religiosos da época, era considerado feitiçaria
Os tribunais da Inquisição não eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia e eram depois desfeitos.
Eram cenas de horror e que serviam, para uns, de lição e para outros de diversão. Foi uma verdadeira passagem de terror, que durou aproximadamente 300 anos ceifando a vida de milhares de pessoas. O Inquisidor fazia a pergunta crucial esperando que a resposta fosse do seu agrado, quando não era, a vítima sucumbia nas chamas.
Não sabemos o que realmente levava os "religiosos" daquela época a um comportamento tão impiedoso e degradante.
Grande parte dos documentos desses tribunais se perdeu e o número verdadeiro de todos esses assassinatos nunca será conhecido. De qualquer forma, tratou-se de uma experiência sombria e vergonhosa para a civilização e para o cristianismo.Márcia Velanes
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