domingo, janeiro 26, 2014

A loucura (ontem e hoje). Comparação entre loucura e normalidade: ponto de vista.




O tratamento da doença congênita denominada loucura sempre foi um grande desafio para a medicina, e também para aqueles que viviam constantemente com pessoas “loucas”, ou seja, a loucura era (e ainda é) vista como algo irremediável, em que os profissionais médicos e os próprios familiares não sabiam como lidar, como cuidar de seus doentes.
A questão é que desde que existem seres humanos, existe a loucura, e nos primórdios não existiam, sequer, uma ideia do que seria aquela pessoa desorientada jogada pelas ruas e agindo anormalmente, segundo os preceitos da sociedade da época. Muitas vezes eram trancafiados em jaulas, ameaçados de passarem fome, vivendo uma existência totalmente sub-humana.
Na questão familiar, na maioria das vezes, os loucos eram deixados à própria sorte. Causavam medo, estranhamento, e, por isso, o distanciamento, o abandono.
Além disso esses doentes mentais eram, á vista da sociedade, tidos como pessoas indignas de qualquer sentimento de compaixão, já que elas não se davam ao respeito, pelo comportamento excêntrico, exagerado.
Na questão médica, na verdade, não existia nenhum tipo de pesquisa para saber as causa daquele distúrbio/comportamento, o que se observava era a total falta de entendimento a respeito desse assunto.
Segundo a Revista de Psicofisiologia, da UFMG, só a partir do século XVIII é que começaram a aparecer umas espécies de asilos, que, também, abrigavam de forma sub-humana os loucos, nesses lugares os doentes continuavam vagando e falando incoerentemente. Os mais alterados eram imobilizados com lençóis.
Nos tempos atuais, os doentes mentais ainda são vistos como causa de afastamento, medo e repúdio; a sociedade ainda os olha com certa criticidade e desdém. No entanto, já existem hospitais especializados para internamento de pessoas com esse tipo de distúrbio, mas que ainda precisam de dedicação nessa área tão específica; é o que se percebe, principalmente, nos noticiários,.
Essa explanação foi referente à loucura no seu sentido literal. Na realidade fica uma grande dúvida (e isso a gente deixa para os pesquisadores da área) acerca do que seria a loucura literal e a metafórica e quem, realmente, podemos conceituar de pessoas loucas e pessoas “normais”. Se voltarmos o olhar a acontecimentos ocorridos por toda história da humanidade, as aberrações que muitos “normais” ou “normal” fizeram, e ainda fazem, às pessoas, com certeza não saberemos distinguir o que é a verdadeira loucura. Mas uma coisa é certa, os loucos conscientes são muito mais perigosos!


Márcia Velanes

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