segunda-feira, janeiro 31, 2011

Alegoria da Caverna

Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vem de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.

A República (Platão) 

MVBorges



domingo, janeiro 30, 2011

Uma mensagem para você


Sempre que acordar de manhã inspire fundo imaginando coisas boas e expire soltando o ar pela boca imaginando sentimentos negativos.
Faça uma prece.
Persista nos seus objetivos, pois a esperança acorda todos os dias conosco, e ela é quem nos dá forças para continuarmos em busca das nossas realizações.
Não importa a sua idade se 15, 26, 49, 68..., o que importa realmente é o que você acredita e que não há limites quando a questão é crescer material e espiritualmente, todo momento é o momento certo.
Crie o hábito da leitura, pois o conhecimento continua conosco, isso ninguém pode nos tirar.
Nunca deseje a solidão, a menos que no momento não haja uma solução para evitá-la, pois as pessoas que nos cercam sempre estão a nos ensinar algo e aprender conosco, e de uma forma ou de outra elas sempre nos ajudarão quando necessitarmos e nós a elas.
Uma maneira de saber aceitar as pessoas é enxergar as suas qualidades, pois, defeitos todos nós temos e são eles que nos fazem antipatizarmos os nossos semelhantes.
Sorria sempre que puder, porque o riso afasta a tristeza.
Não esqueça que você é uma pessoa única em atos pensamentos e sentimentos, e essas são as características que te identificam perante os outros. Portanto, faça com que tenham sempre boas impressões a seu respeito.
Deus guie a todos nós.

sábado, janeiro 29, 2011

Malleus Maleficarum


Malleus Maleficarum (O Martelo das Feiticeiras) era uma espécie de código para condenação de bruxas, publicado em 1487, dividia-se em três partes: a primeira ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes; a segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando cada um e explicando os seus efeitos; e a terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las.
É uma publicação de conteúdo interessante, por tratar-se de acontecimentos que realmente ocorreram. Relata muito bem o que as mulheres, consideradas bruxas pela Igreja Católica, sofriam com a Inquisição. 
A preparação de um simples chá de ervas que poderia curar uma dor de barriga, deveria ser feito às escondidas, pois a crença da época era voltada somente para o catolicismo e os seus seguidores; e um chá, segundo os preceitos religiosos da época, era considerado feitiçaria
Os tribunais da Inquisição não eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia e eram depois desfeitos. 
Eram cenas de horror e que serviam, para uns, de lição e para outros de diversão.  Foi uma verdadeira passagem de terror, que durou aproximadamente 300 anos ceifando a vida de milhares de pessoas. O Inquisidor fazia a pergunta crucial esperando que a resposta fosse do seu agrado, quando não era, a vítima sucumbia nas chamas. 
Não sabemos o que realmente levava os "religiosos" daquela época a um comportamento tão impiedoso e degradante.
Grande parte dos documentos desses tribunais se perdeu e o número verdadeiro de todos esses assassinatos nunca será conhecido. De qualquer forma, tratou-se de uma experiência sombria e vergonhosa para a civilização e para o cristianismo.


Márcia Velanes



Sonhos

O que são os sonhos, senão uma aventura pelos mundos do passado, presente e, até mesmo, futuro.
Quando dormimos é sinal de cansaço físico, porém a alma nunca se cansa, e sai para fazer suas viagens extra corpóreas, vivenciadas, muitas vezes, em localidades que a nossa mente não sabe exatamente explicar com simples palavras.
Encontramos entes queridos, até os que já não estão entre nós, pessoas que conhecemos, mas que nunca estiveram diante de nós na prática.
Quantas vezes acordamos e ficamos imaginando o sonho que tivemos? Quantas vezes, no sonho, o cenário que se apresenta como a nossa casa não é a nossa casa, mas no sonho é ela mesma.
Em alguns casos, eles são premonitórios, já em outros são acontecimentos meramente insignificantes.
Para o nosso mais famoso psicanalista, Freud, os sonhos são tão somente a realização de desejos, disfarçados ou não, satisfeitos em pleno campo psíquico. E diz que os pensamentos e desejos inconscientes que ameaçam acordar a pessoa são denominados conteúdo latente do sonho.  As operações mentais inconscientes por meio das quais o conteúdo latente do sonho se transforma em sonho manifesto ou experiência consciente, chamamos de elaboração do sonho.
Alguns pesquisadores começaram a considerar o sonho como algo independente de qualquer outra coisa e o definiram como uma forma de descarga do excesso de informações que se adquire no decorrer do dia.
Aceitemos os conceitos, porém devemos admitir que os sonhos são únicos e inerentes a cada pessoa. Eu posso encontrar você em meus sonhos e você me encontrar nos seus, mas o mais fascinante é que você jamais saberá e nem eu.
O importante é dormir de consciência tranquila para que tenhamos bons sonhos e, ao despertarmos, termos a lembrança agradável do que foi a nossa noite.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

A chuva e o sol

Conta a lenda que, há muito tempo na China, as raposas aproveitavam a junção da chuva com o sol para casarem-se em segredo. A cerimônia acontecia nas florestas vastas, onde longas árvores e belas plantas enfeitavam o cenário. 
As raposas eram os chineses, fantasiados a caráter, que acreditavam ser a chuva e o sol as duas forças ocultas da natureza que transformavam, a vida dos que casavam nessa ocasião, um símbolo de união eterna. E, se alguém fora da crença presenciasse a cerimônia e fosse visto por algum membro das raposas, teria que fugir pra bem longe ou aceitar uma adaga, entregue por elas, para que cometesse o suicídio. Porém, um pedido de perdão muito persuasivo poderia fazer com que as raposas esquecessem o acontecido e a pessoa seria escrava delas para sempre.