Você
acorda, abre seu “guarda-roupas” mental e lá estão elas, as máscaras. E você
pensa: “qual irei usar hoje? ”.
Essa resposta depende do seu grau de entendimento a
respeito das suas relações interpessoais. Você pode estar querendo usar uma
personalidade extrovertida ou a timidez, pode estar querendo disfarçar sua paixão
ou deixá-la transparecer. Pode estar sentindo raiva de alguém e quer
descarregar esse sentimento, pois bem, escolha qual será a sua máscara.
Existem as situações rotineiras, aquelas que não
precisamos nos preocupar, porque já fazem parte da vida. Porém, há situações as
quais nós não estamos preparados para enfrentar, aquelas que requer uma certa
delicadeza no lidar.
Mesmo tendo uma personalidade forte, temos que nos
adaptar aos meios em que vivemos, às pessoas que nos rodeiam.
Precisamos agradar aquela pessoa porque queremos vê-la
feliz; precisamos sorrir sempre que encontramos alguém a nossa frente, para
sermos gentis, mesmo vivendo situações difíceis, que só nós conhecemos. Temos
que aceitar quando algo pelo qual a gente luta e deseja não chega até nós;
fingir que está tudo muito bem ao encontrarmos uma pessoa desagradável, quando
na verdade gostaríamos de vê-la bem distante.
Seria mais racional se pudessemos fazer sempre o que
quisessemos, sem nos preocupar com disfarces. Seria mais verdadeiro se
soubessemos dizer “não” nas horas necessárias, assim, salvaria a nossa pessoa dos arrependimentos
causados pelos vários tipos de comportamento os quais somos obrigados a
conviver.
Termos várias “máscaras” não significa que estamos
sendo hipócritas, não, estamos apenas tentando nos adaptar ao meio, pois somos
seres racionais e o convívio com os semelhantes nos obriga a isso.
M.V.Borges