sexta-feira, novembro 20, 2015

A Chuva! Saudade desse tempo!



Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranquilas no leito dos lagos, no leito dos lagos

Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra

Terra, planeta água, Terra, planeta água, Terra, planeta água

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água, Terra, planeta água, Terra, planeta água
Planeta Água
Guilherme Arantes

segunda-feira, novembro 16, 2015

A Felicidade



"O maior erro é acreditar que a felicidade consiste nas coisas em si próprias; ela depende da opinião que dela se tiver".
                                                                                                                                                                                Erasmo

Conta-se que Apeles, o mais célebre pintor da Grécia Antiga, contemporâneo de Alexandre, O Grande, no século IV a.C., se via irritadíssimo com um seu escravo que perdia a hora de tudo, porque vivia a contemplar as suas pinturas. Um dia, o ilustre pintor o perguntou enfático:
- O que tanto você admira nesta pintura, porque todos os dias fica aí, em devaneios?
- Não admiro apenas a pintura. Fico a pensar como deve ser feliz quem consegue pintar algo tão bonito.
Apeles se calou, mas a sua opinião não era a mesma.
O espírito do homem, em geral, é afeito mais às ilusões que às verdades. Vemos que sob este entendimento se foge do valor da vida e do que de fato tem valor, na consecução da felicidade.
Elege-se coisas para se possuir, como fim em si mesmas de felicidade. Perde-as, torna-se infeliz.
Não se reflete a respeito da verdadeira felicidade, não no possuir, mas em se ser.
O maior dos infelizes é aquele que se obstina, como andarilho da vida, a buscar o pote de ouro no final do arco-íris, símbolo do bem sucedido, do feliz.
Não seria verdadeiro se dissesse que os recursos financeiros e econômicos não trouxessem um certo bem-estar.  Claro! Pelo menos o conforto em se sofrer em uma ilha paradisíaca, em se chorar a bordo de um transatlântico, o dinheiro traz. Mas, realmente, não é verdadeira  a assertiva de que o dinheiro traz felicidade.
A felicidade verdadeira, direi sem receio de estar incorrendo em heresia, também não consiste nas conquistas únicas dos valores espirituais. Não. Não no estágio em que nos encontramos. A verdadeira felicidade se encontra no ajuste do nosso interior à situação que se descortina à nossa frente por força das nossas necessidades espirituais, isto sim, gera a consistência do ser feliz. Será feliz quem compreender o porquê das limitações que a vida se lhe impõe em todos os níveis, contudo e assim mesmo sente em si o esplendor e a alegria de estar vivo e na luta pelo crescimento geral.
Feliz é quem se liberta dos valores convencionados para a felicidade, sentindo-a a modo de sua compreensão e acatamento da vida. A verdadeira felicidade é um fenômeno humano difícil de se ter em plenitude, isto porque ela é objetivada individualmente. Não no regime de coletividade a que estamos submetidos. Jamais haveremos de ser felizes plenamente, enquanto não revolucionarmos a maneira de nos situarmos diante da vida e do nosso viver: precisamos fazer do outro coração a extensão do nosso, em oferecimento e amor; não em expectativas de obrigações.

Livro: Construção Interior 

sexta-feira, novembro 06, 2015

Anjos Guardiões










Os nossos Anjos Guardiões, que estão constantemente ao nosso lado, nos guia e nos intui sempre nas nossas boas ações. Esses bons amigos são enviados com a permissão de Deus e nos acompanha por toda a nossa existência, independe se estamos nos saindo bem ou mal em nossas provas. Eles são pacientes e misericordiosos nos atendendo sempre em nossas solicitações; e, se estamos nos saindo mal eles não se afastam de nós, ficam, sim, nos observando e esperando a nossa súplica nos momentos de dificuldades. O Evangelho Segundo o Espiritismo, escrito por Alan Kardec, nos dá uma explicação minuciosa desses nossos amigos espirituais. Segue um trecho do livro.
"Todos nós temos um Bom Espírito, ligado a nós desde o nascimento, que nos tomou sob a sua proteção. Cumpre junto a nós a missão de um pai junto ao filho: a de nos conduzir no caminho do bem e do progresso, através das provas da vida. Ele se sente feliz quando correspondemos à sua solicitude, e sofre quando nos vês sucumbir. Seu nome pouco importa, pois que ele pode não ter nenhum nome conhecido na Terra. Invocamo-lo, então, como o nosso Anjo Guardião, o nosso Bom Gênio. Podemos mesmo invocá-lo com o nome de um Espírito Superior, pelo qual sintamos uma simpatia especial..."

Trecho de "O Evangelho Segundo o Espiritismo"