sexta-feira, setembro 20, 2013

O objetivo da vida!


"Sabeis por que uma certa tristeza se apodera, às vezes, de vossos corações e vos faz achar a vida tão amarga? É o vosso espírito que anseia pela liberdade e felicidade e, no corpo, que lhe serve de prisão, esgota-se em esforços inúteis para dele sair. Mas ao ver que não consegue, cai no dasânimo, e o corpo sofre uma influência com o enfraquecimento, o abatimento e uma espécie de indiferença que se apoderam de vós, e julgai-vos infelizes." François de Genève - Bordeaux

      Essas são as palavras impressas na página 82 do Evangelho segundo o Espiritismo para retrarar o início da melancolia, que, ao meu ver, é também o início da depressão aparecendo de uma maneira sutíl, mas que apodera-se do ser humano, caso este não mantenha uma certa penitência e controle sobre suas ações e atos. 
      A melancolia ou tristeza profunda sempre abate a todos que estão neste planeta, pois retrata algo de inaceitável ou incompleto dento de nós, o que não podemos expressar com palavras, pois é intrinseco do ser; está, como posso dizer, fazendo uma conexão entre o físico e o metafísico, por isso não entendemos.
     Uma coisa que eu tenho certeza que afastará você da melancolia, e, consequentemente, da depressão é fazer a caridade. A caridade não é somente doação de coisas materiais, é também, trabalhar a indulgência (olvidar os defeitos alheios), a paciência, a serenidade, é sorrir para o outro, tratá-lo bem, tentar ouvir quando alguém chegar perto querendo conversar; óbvio que todos temos problemas para solucionar, mas, se pensarmos assim não encontraremos oportunidade para ajudar, só estaremos o tempo todo pensando em nós, e isso chama-se egoísmo. É isso que você quer sentir a vida toda? Cuidado! um dia você precisará de alguém para conversar e poderá não encontrar, e cair na depressão.
      Como diz no Evangelho do Espiritismo, o espírito almeja muito mais que as coisas que encontra neste planeta, porque ele é muitissimo inteligente e se vê aprisionado a uma existência cheia de mediocridades e convenções, algo que está atrapalhando a sua evolução, por esse motivo fica triste. Óbvio que existem pessoas que amam essas coisas (as convenções e mediocridades), mas tudo isso é uma questão de afinidade, de sintonia, de atração, como diz, semelhantes atraem semelhantes. Mas não se engane, todos nós; um por um, necessitamos de aconchego, de carinho e compreensão, até os que são julgados mais fortes, inatingíveis.  
       Não somos santos, sem defeitos, claro que não! mas tenhamos muito cuidado com os acontecimentos que nos envolvem, com coisas fúteis que julgamos importantes na vida. 
        Viva em harmonia consigo, de forma que quando refletir possa orgulhar-se da sua existência.

Ma. Vellanes

quarta-feira, julho 31, 2013

Lembrando de Almiro Borges





            Eu classifico o pintor Almiro Borges (foto) como o “Mago dos Pincéis”, quem o conheceu sabe do que estou falando.
Ele não aprendeu com ninguém, não teve nenhum tipo de orientação, apenas correu atrás do seu único desejo profissional na vida, ser um Artista Plástico, e conseguiu. Foi um autodidata.
Não almejava nada de mais na vida além de pintar seus belos quadros. Presenteava seus amigos e familiares com suas obras. Nas suas horas vagas ensinava os filhos de alguns amigos que admiravam sua arte. Sempre que saía para desenhar paisagens ou quando expunha seus quadros levava as duas filhas maiores. Ensinava os deveres de matemática, as benditas contas de dividir de três, quatro algarismos - eu sempre achava um “bicho-papão”.
Pessoa culta, inspirado em seus conselhos. Gostava de cinema, conhecia quase todos os atores nacionais e estrangeiros da sua época. Colecionava livros sobre pintura (tenho um até hoje “História da Arte”). Às vezes, ficava até tarde conversando, na sua sala de pintura, com os amigos, artistas também, iguais a ele, e conversando, conversando...lembro bem!
Conheceu o espiritismo e nos levou a conhecer também, sou muito grata por isso! Sei que nos sentimos saudosos, mas sei também que ele está bem, lá onde está; a sua conduta, enquanto esteve por aqui, me faz acreditar nisso.

Ma. Vellanes

sábado, julho 13, 2013

Aproveite o inverno!





O inverno é a estação do ano que eu mais gosto, pois me remete a boas lembranças.  Eu atribuo isso ao simples fato de termos que ficar no aconchego dos nossos lares; para mim não tem nada melhor, ficar em casa assistindo a filmes, tirando um tempinho para dormir um pouco, às vezes tomando um chocolate quente. 
Sei que muitas pessoas não se sentem à vontade com o inverno, preferem a estação do sol; mas não desanimem o sol sempre estará lá brilhando, só que nós não o vemos, às vezes até conseguimos enxergá-lo; mas essa é a vez do inverno, graças a Deus, mesmo sendo por pouco tempo, cá na nossa cidade.
Podemos aproveitar também para lermos bons livros, refletirmos sobre nossas conquistas ou não conquistas e criarmos forças para continuar a jornada, enfim, sempre encontraremos algo muito agradável para fazermos nessa época do ano, como olhar pela janela e ver a chuva caindo, principalmente se for à noite, é muito belo. Aproveitem bastante o quanto puderem, pois é tão rápido, assim como todas as coisas na vida. 
Pois saibam, eu amo esse tempo, e, se pudesse seria para sempre assim.


Ma. Vellanes

segunda-feira, abril 29, 2013

Desafiando o nosso próprio "eu".








O grande desafio de todos nós, seres humanos, é justamente não sabermos como enfrentar os desafios da vida. Nos irritamos com tão pouco, parece que sempre colocamos os nossos interesses à frente de qualquer outra coisa (egoísmo), e quando algo não sai do jeito que gostaríamos, nos agarramos à impaciência.
Saber como agir em certas ocasiões, saber lidar com certos acontecimentos. Nós sempre achamos que estamos preparados, mas não é isso que parece.
Precisamos ter discernimento sempre que alguma dúvida nos assalta, pois assim não corremos o risco do gosto do arrependimento. Precisamos levar em consideração todos os nossos tropeços, experiências vividas, os nãos que recebemos, devemos ter o controle ao depararmos com as situações mais difíceis, óbvio que não é fácil, mas, tentemos.
Temos que entender e aceitar que estamos vivendo num mundo de diversidades, culturas, comportamentos, pensamentos, é tudo muito variado, percebe o que seja isso? Existem pessoas de todos os tipos e estilos que se pode imaginar. Nem vou expandir muito, nos atemos por aqui mesmo, onde se passam os “filmes” de nossas vidas, ou seja, nos lugares de nosso convívio.
Estamos em débito com a paciência e a gentileza, com certeza que, se essas duas qualidades fossem trabalhadas dento de nós, tudo seria melhor.
Vamos refletir sobre isso!

Ma. Vellanes



domingo, abril 07, 2013

Leia coisas belas!








         Como a história da moça que se apaixona por um belo homem que ela encontra na praia andando de pés descalços, vestido de branco. Ele a olha e percebe que aqueles olhos castanhos fitam o seu belo rosto, que chama atenção por ser de uma beleza exótica.
E ele admira aquela pele branca contrastando com os cabelos pretos caindo pelos ombros, como a escuridão da noite de um céu sem estrelas.
Quando um sorri para o outro e percebem que há algo em comum entre eles, ambos estão a apreciar a beleza do mar a se encontrar com o infinito, ao cair da noite.
Mas ela não pode se demorar, pois uma outra paisagem a espera, a paisagem onde os unicórnios, os gnomos, as fadas, as bruxas e os magos existem, e eles estão a esperá-la, pois ela é uma sacerdotisa, mãe das florestas e dos animais, e exerce um grande poder sobre esses seres que, em nosso mundo, são imaginários.
Ela confessa para o rapaz o seu segredo, ele, ao ouvir, cobre a face com uma tristeza imensurável. A sacerdotisa olha para o rapaz, que continua a admirar a sua beleza, e o convida para ir embora com ela, mas ele, responde que é impossível, pois as suas vidas são totalmente opostas, têm rumos e acontecimentos muito diferentes.
A moça, triste, pela resposta, que não corresponde à sua realidade nem a sua maneira de pensar, responde para ele que as impossibilidades estão em nossas mentes.
Mas ele, apesar de estar profundamente encantado por ela, expulsa a emoção de dentro do seu coração, e se despede da moça dando um beijo em sua mão, como um verdadeiro cavalheiro.
Ela sorri para ele e diz que sempre irá lembrar dele onde ela estiver. E ele responde que também não irá esquecê-la, e seus passos tomam direções opostas, até que ela some na escuridão da noite...ele fica saudoso.   

M.V.Borges

domingo, março 31, 2013

A porta do desconhecido











O comportamento humano (vamos ligar isso à mente, pois é esta que rege os nossos atos) é comparado a uma porta lacrada e que ninguém nunca teve a chance de saber o que há no seu interior.

Vejamos, nem nós mesmos conhecemos o nosso comportamento, os fatos que nos levarão a cometer certos atos na nossa vida (necessário controle emocional). Quando eu digo, uma porta lacrada, eu penso em algo que está lá intocável e que não nos atrevemos adentrar, talvez por medo ou por nunca ter tido a curiosidade de conhecer o seu conteúdo, ou o que sairá de lá.

Você já parou para analisar os acontecimentos dos tempos atuais, os ânimos se exaltando por motivos fúteis? Claro que antes também havia fatos escabrosos, óbvio!  Mas parece que, atualmente, as coisas estão extrapolando as fronteiras da individualidade humana.

Quando paramos e dizemos algo como: estamos a mercê da marginalidade, da violência, ou de qualquer outra forma de criminalidade; na verdade devemos dizer que estamos a mercê do psicológico do outro, que é algo desconhecido até o momento em que o “lacre seja violado”, ou seja, aquele calcanhar de Aquiles, sabe? Aí sim, aparece o ser interior. E isso se aplica tanto a acontecimentos graves quanto às futilidades, como,  entrar numa briga por causa de uma coxinha de galinha que o outro não ressarciu...rsrs (isso eu vi no noticiário), isso é contraditório, porque é engraçado e sério ao mesmo tempo, o ser humano angariando créditos negativos para a sua reputação.

Agora, existe uma coisa chamada inteligência emocional, que é a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles. Claro que isso não é coisa fácil, mas também não é impossível, seria necessário muito controle sobre si próprio, e, como já foi mencionado aqui, estamos necessitando muito de um certo equilíbrio emocional, não me refiro somente ao nosso "eu", mas também ao outro, isso mesmo, agir pensando no que seria prejudicial tanto para nós quanto para as criaturas do nosso convívio terreno, e fazermos o contrário, tentar segurar os ânimos, caso nos deparemos com situações constrangedoras, considerando sempre a razão e não a emoção.


Ma Vellanes


sábado, março 23, 2013

As duas faces da tristeza









Uma face da tristeza é quando você demonstra, às pessoas, a sua fisionomia de “felicidade”, aquela que, na verdade, você queria mesmo era tê-la dentro de si.
A outra face é aquela que seu espírito sente, mas que você não quer que ninguém perceba o quanto você está triste.
Porque será que isso acontece? Porque agimos assim?
Na maioria das vezes é porque não queremos atormentar as pessoas que estão próximas, talvez por pensarmos que não nos entenderão, ou até mesmo por não sabermos expressar o que sentimos.
Você sabia que quanto mais escondemos a tristeza, não conversamos, não nos expressamos, a tendência é ela aumentar? Sim, porque nos sentimos incapazes de solucionar o problema, tendo que agarrarmos ao fingimento, a autoestima fica diminuída, correndo o risco de entrar numa depressão.
Sabe aquela composição de Tchaikovsky, “Swan lake ballet”? Pois, é a tristeza personificada (minha opinião), é linda, mas triste. A impressão que tenho é que foi uma forma que ele encontrou de expressar a tristeza acorrentada ao ser.  
Muitas vezes você chora quando está só? No silencioso mundo da alma, aquele que somente você conhece as entranhas, porque porque ele só pertence a você.
Muito cuidado com a tristeza impressa no seu ser, isso poderá causar-lhe grande mal.
O mundo está passando por grandes mudanças, se não tivermos cuidado, poderemos perder o controle da situação, saiba que a depressão acomete milhares de pessoas.
Quando estiver sentindo-se angustiado, por motivos diversos, mas não quer que ninguém perceba, faça o contrário, converse com alguém de sua confiança, converse sobre o que você acha que é a principal causa, expresse-se.
Só peço uma coisa, não prenda isso dentro de ti,  todas as coisas ruins passam, tudo se resolverá, pense nisso!

Ma. Vellanes

quinta-feira, janeiro 03, 2013

O Processo Depressivo





A depressão é um grave problema que desestrutura a vida do depressivo e das pessoas que o cercam.
Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID), a depressão é caracterizada por humor deprimido, diminuição da energia, atividade reduzida, perda de prazer e interesses, fadiga, concentração diminuída, autoestima e autoconfiança diminuídas, sentimento de culpa e de inutilidade, visão pessimista do futuro, ideias de suicídio, alteração do sono, alteração no apetite, irritabilidade, impaciência, dificuldade para tomar decisões.
Os estudos revelam que existem três estágios depressivos, o leve, que caracteriza-se por um dos três sintomas citados, mas o acometido pode desempenhar suas atividades normais; o moderado, que apresenta quatro ou mais sintomas deixando a pessoa depressiva quase sem condições de exercer suas tarefas diárias e o estágio mais grave que desestrutura o psicológico do doente deixando-o totalmente vulnerável a qualquer tipo de manifestação externa.
A minha opinião é que todas as doenças de origem psicológica, exceto as congênitas, têm seu princípio no material, ou seja, a frustração de não ter conseguido algo, claro que não são todas as pessoas. Entenda, se você não está onde gostaria de estar, se não realizou algum sonho importante na sua vida, se não conseguiu continuar um relacionamento porque foi traído(a), ou não conseguiu comprar aquele carro que você viu numa vitrina, depois encontra o seu vizinho com um parecido, não mora na casa que gostaria de morar (em frente ao mar) enfim, todos os problemas de ordem material que se apresente no decorrer da existência de uma pessoa, mas que ela nem imaginava que pudessem dar errado, isso muitas vezes transforma-se em depressão, agora, o grau, só o (não) preparo espiritual de cada um irá caracterizar.
O primeiro processo de não entrada para a depressão é aceitar-se como pessoa digna de seus próprios merecimentos e pensar que, seja lá qual for a sua condição, você está onde deveria estar, você tem o que deveria ter, ou qualquer outra situação que se apresente, essa foi a sua própria escolha.  
Primeiramente, ame a si mesmo, esse é o princípio da aceitação, pois com a sua autoestima elevada você nunca irá sucumbir nas garras de nenhuma doença psicológica. Ocupe sua mente com alguma coisa útil, para você ou para os outros. Não fique lamentando-se pela não realização e pelo tempo que passou, viva o seu presente, faça o que você poder fazer de melhor para a sua vida. Você é um ser humano muito importante para as pessoas do seu convívio, então, detenha-se nesse pensamento e aceite as dificuldades, mas faça de tudo para realizar os seus objetivos, nunca perca as esperanças, pois, um dia todos os seus esforços serão recompensados.

Ma. Vellanes